Estudos mostram que, na maioria dos casos de catástrofes, o primeiro atendimento é realizado por voluntários. Desponta o protagonismo dos indivíduos em ações de atendimento à população flagelada envolvendo diversas situações, muitas altamente complexas, em diferentes contextos e locais.
Aqui no nosso Rio Grande, a população civil esteve na linha de frente no resgate das pessoas em áreas de enchente, principalmente nos primeiros 3 a 4 dias do evento, em apoio a uma população fragilizada e desesperada. Em momentos de crise, toda a ajuda é válida. No entanto, grande parte dos voluntários não tem especialização, muitas vezes não sabem o que fazer e, freqüentemente, foram pessoalmente afetados pelo evento climático. Atuar como voluntário acabou por ser uma escolha inevitável.
No entanto, atendimentos em áreas de grande conflagração são dependentes de profissionais treinados. Ações realizadas por pessoas leigas, não treinadas, podem gerar um desastre com prejuízo à vítima e ao seu salvador, incluindo complicações graves e até óbito. Especialistas com experiência no atendimento a desastres relatam que a presença de excesso de pessoas e atendimentos por pessoas pouco ou não treinadas podem mais atrapalhar e tumultuar do que auxiliar em situações e cenários de catástrofe.
É necessário informar e preparar a sociedade civil para atuar em situações extremas, como a que os gaúchos têm vivenciado nas últimas semanas. Um indivíduo pode fazer a diferença em momentos de crise, profissionais altamente treinados (e retreinados) e experientes são MUITO valiosos e fazem toda a diferença. Na área da saúde, grande parte dos atendimentos nos pontos de resgates aquáticos, foi realizada por grupos de médicos voluntários com algum tipo de formação em atendimento de emergências, organizados por associações civis como a nossa AMRIGS, por exemplo.
Em situações emergenciais a prioridade é a integridade da vida, seja dos afetados como das equipes de resgate. Posteriormente, deve-se atuar na estabilização do incidente, quando possível, e na preservação das propriedades. Todos os profissionais de saúde e gestores devem ter uma base de conhecimento sobre o preparo da fase de resposta a um desastre. É muito difícil fazer a gestão em uma catástrofe, mas deve-se tentar fazê-lo da forma mais ordenada possível. Evidentemente, eventos climáticos extremos são infreqüentes, não permitindo o desenvolvimento de experiência significativa nessas situações. Impera a necessidade de treinamento baseado em simulação como uma das ações preventivas para a diminuição das causalidades em eventos da magnitude do que estamos presenciando em nosso estado.
A simulação permite treinar em cenários controlados mimetizando eventos e situações que podem ocorrer em catástrofes. Desde o treinamento em gestão de crise até o treinamento específico de procedimentos técnicos como punções, acesso vasculares, acesso a vias aéreas, reanimação cardiorrespiratória cerebral, entre outros são disponíveis. A simulação também auxilia melhor preparar profissionais da retaguarda que terão que atender pacientes resgatados ou mesmo a população que continua a sofrer de outras doenças.
Mesmo em um momento de catástrofe, pacientes necessitarão realizar procedimentos cirúrgicos ou endoscópicos de urgência/emergência ou mesmo eletivos. Qualidade, segurança e efetividade em momentos de limitação de recursos e alta demanda de atendimentos é muito importante.
Para oferecer o seu melhor, o aperfeiçoamento das habilidades através da simulação médica tornam o profissional ainda mais valioso em especial em contextos de desastres.
O Instituto SIMUTEC oferece diferentes tipos de treinamento médico baseado em simulação para incorporar procedimentos que impulsionam carreiras e abrem oportunidades.
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