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Camilla Rua

Pesquisa mostra resistência quando médicos se tornam pacientes

Atualizado: 11 de jan.




Com objetivo de compreender as expectativas e percepções dos médicos em relação aos atendimentos oferecidos aos pacientes, o Portal Medscape realizou, de abril a julho deste ano, uma pesquisa exclusiva com 1.089 profissionais de mais de 16 especialidades que exercem ou já exerceram a profissão no Brasil. 


O resultado trouxe insights interessantes que vamos abordar no Blog do Instituto Simutec, especialmente para enxergarmos o lado humano de cada médico.

Confira a seguir como os médicos se sentem quando deixam o jaleco de lado para serem tratados como um paciente!


Mais empatia nos atendimentos


De acordo com 76% dos médicos entrevistados, a experiência pessoal como paciente é essencial para o profissional ter mais empatia durante as consultas, principalmente com os próprios pacientes. Além disso, metade dos médicos entrevistados, ou seja, 50%, afirmou que a vivência como paciente teve um impacto significativo em sua prática profissional. 


Resistência por parte dos médicos


Outro dado interessante mostrado na pesquisa é que 77% dos entrevistados acham que ser médico os torna mais propensos a recusar opções terapêuticas. 

Quando perguntados se já haviam questionado a decisão de tratamento de outro médico, 63% disseram que sim. O motivo para essa resistência, segundo eles, é a crença de que a introdução de novos medicamentos nem sempre representa uma melhoria em relação às opções já disponíveis.


De acordo com o levantamento do Medscape, 8 em cada 10 médicos expressaram sentir-se seguros ao aceitar medicamentos prescritos por outros profissionais, mas confiam em seu próprio discernimento para validar essas prescrições. 


Apesar dessa confiança, 74% desses profissionais indicaram que fariam mais perguntas sobre os medicamentos prescritos em comparação com não médicos, demonstrando uma abordagem cautelosa mesmo em situações de segurança percebida.  A pesquisa destacou que 98% dos médicos se consideram mais conscientes dos riscos associados a certos medicamentos do que os pacientes não médicos.


Conhecimento prévio sobre doenças aumenta medo 


O estudo também avaliou como os profissionais enfrentam o medo das doenças. Entre os médicos entrevistados, 74% admitiram que suas experiências ou conhecimento prévio tendem a aumentar os temores quando confrontados com doenças ou quadros clínicos desafiadores. Para muitos, essa familiaridade com os detalhes clínicos traz mais complexidade, porque o profissional sabe exatamente os riscos que determinada enfermidade pode trazer.


Preferência nos atendimentos


A maioria dos entrevistados (69%) relatou que percebe um atendimento melhor de outros profissionais pelo fato de serem da mesma área. Segundo eles, essa distinção entre pacientes comuns e pacientes que são médicos ocorre com frequência.

Quer saber mais detalhes sobre a pesquisa? Veja o estudo completo aqui.


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