O mês de outubro é dedicado à conscientização sobre o câncer de mama e sobre as formas de prevenir a doença, que na maioria das vezes estão relacionadas ao diagnóstico precoce e ao controle dos fatores de risco entre as mulheres. O movimento Outubro Rosa começou no início da década de 1990, criado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, e incentiva empresas, instituições de saúde e toda a sociedade a adotarem ações voltadas para esse tema.
O objetivo do Outubro Rosa é, acima de tudo, compartilhar informações e promover a conscientização de cada vez mais pessoas. Muito mais do que isso, é também proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento para, assim, contribuir com a redução da mortalidade.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.
No Brasil, o Ministério da Saúde estima o total de 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Sabendo disso, o Instituto Simutec tem total ciência do seu papel diante de médicos, especialistas da área da saúde e estudantes. Por isso, achamos importantíssimo trazer esse tema para os nossos canais de comunicação, a fim de disseminar entre cada vez mais pessoas as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.
Na visão da médica Camila Bessow, médica Ginecologista e Coordenadora Médica do Instituto Simutec, é importante que as mulheres, independentemente da idade, cuidem da saúde todos os dias do ano.
"Precisamos falar sobre o câncer de mama, porque a conscientização pode levar a diagnósticos mais precoces, e desfechos cada vez melhores! A alta mortalidade associada ao câncer de mama se deve, na maioria das vezes, à sua detecção em estágio avançado. Por outro lado, a chance de cura ultrapassa os 90% quando o diagnóstico é feito em estágio inicial da doença", explica.
Como é feito o tratamento do câncer de mama?
Hoje em dia, com cada vez mais informações disponíveis sobre as características específicas dos tumores de mama, podemos afirmar que os tratamentos estão cada vez mais seguros, do ponto de vista oncológico, e com a menor repercussão possível na qualidade de vida e estética da mulher.
O tratamento do câncer de mama quase sempre inclui a cirurgia, que pode ser para retirada de uma porção da mama (setorectomia ou quadrantectomia) ou da mama inteira (mastectomia), e pode incluir também a retirada dos linfonodos da axila, quando necessário.
“Os outros tratamentos adjuvantes que podem ser necessários são a radioterapia, a quimioterapia, a hormonioterapia e a imunoterapia. Mastologista, oncologista e radioterapeuta são os especialistas que irão acompanhar a mulher durante o tratamento e seguimento da doença", detalha a médica.
Causas e sintomas
Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).
Quem deve fazer o rastreamento para o câncer de mama?
- Todas as mulheres a partir dos 40 anos devem fazer a mamografia anualmente.
- Em situações específicas, o rastreamento deve começar antes: mulheres com histórico de câncer de mama em familiares de 1º ou 2º grau devem iniciar o rastreio 10 anos antes da idade em que a familiar mais jovem foi diagnosticada.
Existem formas de prevenir o câncer de mama?
SIM!
- Hábitos de vida saudáveis reduzem as chances de câncer de mama (e outros tumores em geral também): não beber álcool em excesso, não fumar, praticar atividade física regularmente, combater a obesidade, ter uma alimentação saudável.
- Realizar o rastreamento com mamografia, quando indicado
- Para mulheres com risco genético aumentado, discutir a retirada das mamas antes do aparecimento de qualquer alteração
- O ato de amamentar também é um fator de proteção contra o câncer de mama, e seu benefício é maior quanto maior for o tempo de aleitamento.
Materiais de divulgação sobre o Outubro Rosa
Selecionamos abaixo alguns materiais para ajudar médicos, clínicas e universidades na divulgação de informações sobre o Outubro Rosa.
São cartilhas e folhetos oficiais, elaborados pelo Instituto Nacional do Câncer, que podem ser distribuídos em consultórios, empresas, condomínios, congressos, escolas e diversos outros locais de forma gratuita para a população.
Quem preferir, também pode enviar os materiais por e-mail ou Whatsapp. O importante é manter cada vez mais pessoas atualizadas sobre o tema!
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