Por Camilla Rua - jornalista
As pesquisas sobre o desempenho da área médica no Brasil são fundamentais para a elaboração de ações estratégicas que ajudem a melhorar o setor. Com um conhecimento mais aprofundado sobre o perfil dos profissionais atuantes na medicina, as universidades e os centros de treinamento podem se aperfeiçoar para atender a diferentes tipos de especialistas.
O mais recente censo médico divulgado no país aponta que o Brasil conta, atualmente, com 545,4 mil médicos em atividade. Deste total, cerca de 290 mil se encontram nas capitais. O estudo, que foi feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), mostra que houve um crescimento significativo nos últimos dez anos. Em 2010, por exemplo, o Brasil tinha cerca de 340 mil registros de médicos no país.
Segundo o Conselho, esse aumento é resultado, entre outras coisas, do número maior de escolas médicas e das vagas ofertadas na última década. Esse cenário acabou abrindo novas portas para estudantes que almejam ingressar nessa carreira, e também impulsionou a competitividade entre as instituições de ensino e os profissionais.
Diante desse levantamento, a expectativa é que o Brasil alcance a marca de 837 mil médicos em cinco anos. Com isso, é esperado que a desigualdade na oferta de serviços de saúde diminua, sobretudo nas regiões mais afastadas, e que haja aumento na procura dos médicos por novas especializações.
Em uma análise mais detalhada sobre a distribuição de médicos atuantes pelas regiões, o levantamento constatou que Sul e Sudeste (especialmente as capitais e os grandes municípios) estão entre as áreas com maior parte de especialistas.
Sudeste: estão 58% dos médicos - 3,22 para cada mil habitantes;
Sul: estão 15,7% dos médicos - 2,82/mil habitantes;
Centro-Oeste: estão 8,4% dos médicos - 2,74/mil habitantes;
Nordeste: estão 18,5% dos médicos - 1,75/mil habitantes;
Norte: estão 4,6% dos médicos - 1,34/mil habitantes.
Na visão do CFM, a desigualdade na distribuição de médicos pelo país acontece em virtude da falta de atrativos e de condições mínimas de trabalho. A entidade defende que o Brasil necessita de políticas públicas para deslocar profissionais dos grandes centros urbanos para o interior e para cidades pequenas. E muito mais do que isso: é preciso fazer com que o médico queira permanecer por lá.
"Não adianta colocar só o profissional sem um mínimo de condições para exercer a medicina de qualidade, sem ter uma infraestrutura de trabalho, leitos, equipamentos, medicamentos, acesso a exames e uma equipe multiprofissional", defendeu o presidente do CFM em matéria publicada no Portal G1.
Mulheres em alta na medicina: diferença salarial ainda é um obstáculo a ser vencido!
A presença de mulheres na medicina deve continuar aumentando, de acordo com o levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM). Em 1990, elas representavam apenas 30% da força de trabalho médico. Atualmente, o público feminino engloba 49,07% do total de profissionais atuantes (267 mil).
Dados da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Faculdade de Medicina da USP, que resultaram na sexta edição da Demografia Médica no Brasil 2023, mostram que as médicas mulheres predominam em 19 especialidades.
A dermatologia é a de longe com maior número de profissionais (8.236 médicas), representando 77,9% dos dermatologistas do país. Pediatria (75,6%), Alergia e Imunologia e Endocrinologia e Metabologia, ambas com 72,1%, completam o ranking.
Para 2024 a projeção é de que 50,2% do total de médicos no país sejam mulheres. No entanto, a diferença salarial com relação aos homens ainda é uma barreira que precisa ser combatida na medicina. O estudo mostrou que, no ano de 2020, as médicas brasileiras declaram rendimento médio anual 36,3% inferior que os profissionais do sexo masculino.
O que esperar para o futuro do perfil médico no Brasil?
Diante dos números apresentados nas análises mais recentes sobre o mercado da medicina, é possível perceber que a expansão no número de profissionais tende a crescer e que ainda existe um amplo cenário de oportunidades pela frente.
A tendência, segundo as principais entidades do setor e as estimativas do documento, é que a abertura de cursos de medicina leve o Brasil ao patamar de 1 milhão de médicos até 2035. Somente em 2022, por exemplo, o Brasil contava com 389 escolas médicas que, juntas, ofereceram 41.805 vagas de graduação — desse total, 23 mil novas vagas foram abertas de 2013 em diante.
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