Novos procedimentos cirúrgicos tecnológico-dependentes exigem novos métodos de ensino, conceito que se aplica à videocirurgia. O treinamento do cirurgião em videocirurgia utiliza a simulação como base fundamental para o desenvolvimento de habilidades essenciais, precedendo o seu treinamento em campo cirúrgico junto ao paciente. A adaptação ao ambiente da videocirurgia, totalmente diverso do ambiente da cirurgia aberta, não pode ser feito inicialmente no paciente. A utilização do clássico método Halstediano para o treinamento de cirurgiões em cirurgia aberta pode ser visto como experimentação em seres humanos, o que é eticamente reprovável. Portanto, está estabelecida a necessidade imperiosa da existência de um programa de treinamento em videocirurgia baseado em simulação nos serviços de Residência Médica de especialidades cirúrgicas. A próxima questão é se este treinamento deve ser realizado no próprio serviço (“em casa”) ou terceirizado para uma empresa especializada.
A opção da realização do treinamento no próprio serviço envolve a estruturação de um “parque” de treinamento. O ideal é ter um espaço dedicado, o que não é muito fácil de obter. Além disso, o custo de aquisição de simuladores de maior fidelidade, em especial, os de realidade virtual e modelos anatômicos inorgânicos é muito alto e a manutenção complexa. A utilização de videocirurgia experimental, em modelo cadáver, carcaça animal ou animal vivo, é cara e envolve questões organizacionais, arquitetônicas, éticas e de legislação que tornam praticamente inviável esta opção.
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Por essas razões, torna-se mais simples o uso de simuladores de baixa fidelidade (“caixas pretas”). Esses simuladores mostram-se eficientes para o desenvolvimento de habilidades videocirúrgicas básicas e intermediárias, porém não contemplam exercícios anatômicos, nem trabalho em equipe. Ademais, o treinamento não depende tão somente de espaço físico e simulador. É fundamental também a configuração de um programa didático que inclua etapas a serem vencidas, avaliação objetiva do desempenho e uma preceptoria ativa e especializada, aspectos difíceis de viabilizar. A verdade é que, em grande parte dos serviços de residência, treinamento por simulação é uma atividade pouco valorizada tanto por parte do próprio hospital como dos médicos residentes. Na prática, o que presenciamos é a colocação de um simulador simples em uma área improvisada (quarto dos residentes, por exemplo) e um treinamento não organizado, por demanda, sem cobrança ou avaliação objetiva do desempenho do treinando.
Parece menos complexo e mais custo-efetivo contratar uma empresa que já possua uma estrutura adequada e os conhecimentos necessários para oferecer um efetivo e completo treinamento em videocirurgia. A disponibilidade de diferentes tipos de modelos de simulação, complementares entre si, amplia o desenvolvimento do treinando. O tutoramento do treinando por pessoal treinado em simulação e a avaliação objetiva do treinamento são outras vantagens apresentadas pelas empresas especializadas. Exemplo de empresa especializada em treinamentos médicos, o Instituto Simutec tem em seu portfólio diferentes programas de treinamento em videocirurgia, utilizando eminentemente simulação em realidade virtual.
O treinamento por simulação permite a ultrapassagem da curva de aprendizado mais rapidamente com diminuição do número de erros e complicações o que determina aumento da segurança dos pacientes e melhores resultados. Em época de responsabilidade civil e bioética, o “errar é humano” não é mais aceitável por si só. Com a simulação, nós aprendemos para operar e não operamos para aprender, preenchendo uma importante premissa ética da relação médico-paciente. A utilização de empresas especializadas em treinamento, como o Instituto Simutec, surge como solução clara para que os serviços de residência médica possam se adaptar à era da cirurgia minimamente invasiva.
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